Dedo em Gatilho

05.03.2021

O dedo em gatilho ou tenossinovite estenosante é uma condição em que a pessoa apresenta  o dedo “travado“,  em outras palavras, ao fletir o dedo o mesmo fica travado em flexão. O paciente pode ficar com o dedo travado e destravar com ou sem ajuda da outra mão. Em casos mais graves o dedo pode ficar permanentemente esticado ou fletido sem mobilidade. 

É mais comum em mulheres após os 40 anos.

Por que acontece isso?

Primeiro de tudo devemos entender com funciona o mecanismo de movimentação do dedo da mão. Basicamente temos elementos que fazem parte do mecanismo flexor e extensor dos dedos. E o problema do gatilho acontece na transição da palma da mão com dos dedos na região palmar do mecanismo flexor na polia A1.

Na foto abaixo podemos ver que os tendões que fazem o dedo fletir eles estão passando por dentro de túneis que damos o nome de polias.

Dedo em gatilho

Então o problema é basicamente quando o espaço da polia A1 está diminuído e com isso os tendões flexores ficam apertados e dificulta a sua movimentação. 

O que fazer?

Muitos casos já chegam no consultório basicamente em dois estágios, quando começa a engatilhar e o paciente consegue esticar fazendo uma força e sentindo o estalido ou precisa usar a outra mão para esticar o dedo.

Nessa situação o cirurgião de mão pode optar pelo tratamento cirúrgico inicial. Em caso leves em que o único sintoma é dor na topografia (local) da polia A1 o cirurgião pode optar pela infiltração de corticoide e uso de órteses.

Em casos mais severos e tardios o dedo pode se apresentar fletido e fixo na posição ou travado esticado e nessa situação é mandatório o tratamento cirúrgico e nessa situação o paciente pode evoluir com limitação do movimento.

Qual o tratamento?

Em casos leves apenas com sintomas de dor podemos optar por apenas realizar a infiltração de corticoide e xilocaína na polia A1.

Já em casos em que já está presente o engatilhamento do dedo é melhor realizar o procedimento cirúrgico com a liberaçãoo da polia A1.

Tempo de recuperação?

Com a infiltração apenas o repouso do dedo por um dia é o suficiente e no dia seguinte retorna as atividades habituais.   

 Já nos casos submetidos as tratamento cirúrgico devemos orientar o paciente manter o os cuidados locais da ferida de 7 a 10 dias até a retirada dos pontos e com 15 dias de pós cirúrgico já pode voltar as atividades habituais.

Pode recidivar?

Quando é realizado a cirurgia e liberado por completo a polia A1 não há casos de recidiva. Já nos casos que o paciente é submetido a infiltração os sintomas podem voltar e nesse caso é mandatório o tratamento cirúrgico.

Matérias

Tenossinovite de De Quervain

A tenossinovite pode acometer qualquer tendão do corpo e existe uma em particular que acomete o primeiro compartimento extensor (extensor curto do polegar e abdutor longo do polegar) que resulta em dor no punho e no polegar com a incapacidade para realizar a pinça.

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