Fratura do Punho

27.04.2021

As fraturas que acometem o punho (radio e ulna distal) tem um comportamento bimodal, em outras palavras acontecem em dois períodos da vida. Nos adultos jovens decorrente a trauma de alta energia (acidente de carro ou queda de altura) e em idosos devido a queda da própria altura. Nos idosos a fratura do punho é uma das mais frequentes.

Podemos evitar?

fratura do punho - imagem 1

A prevenção das quedas é a principal forma de evitar uma fratura  no idoso, podemos citar algumas abordagens de prevenção: ambientais, farmacológica e fortalecimento muscular.

No controle farmacológico, o médico que acompanha o idoso sempre tem que tomar cuidado para evitar medicamentos que deixem o idoso muito sonolento e nessa situação aumenta a chance de quedas.

As medidas ambientais são relacionadas a dinâmica da casa, evitar tapetes que fazem os idosos tropeçarem, luz de baixa intensidade a noite no caminho para o banheiro, evitar determinados chinelos, barras de apoio no banheiro.

O fortalecimento muscular é muito importante no idoso, na prática devemos orientar o idoso fortalecer a musculatura responsável pelos movimentos de sentar, levantar, equilíbrio da marcha.

É grave essa fratura?

fratura do punho - imagem 2

A fratura do punho se não tratada adequadamente pode ser grave, pois resulta em sequelas permanentes.

A função do punho é resultante da relação entre os ossos do antebraço (rádio e ulna) e os ossos do carpo. Esses ossos tem um arranjo especifico que proporciona o movimento rotacional do antebraço (pronossupinação) e o movimento de flexão e extensão do punho.

É importante salientar que o movimento de rotação do antebraço é necessário em várias atividades habituais (higiene pessoal, abrir a porta, virar a chave, etc).

Qual o tratamento?

fratura do punho - imagem 3

A fratura do punho pode ter vários padrões, desde fraturas de traço simples até fraturas complexas com vários fragmentos. Assim o tratamento deve ser ajustado para cada tipo de fratura.

O importante é o paciente e os familiares entenderem que a relação entre os ossos do punho deve ser corrigido da melhor maneira possível e os métodos para alcançar isso são vários.

O gesso ainda é usado?

As fratura que não tem desvio ou desvio mínimo pode ser empregado o gesso no tratamento e em média são 6 semanas de imobilização e em geral o paciente fica com rigidez do punho e dificuldade para rodar o antebraço. Com isso há a necessidade da reabilitação com a terapia ocupacional ou fisioterapia.

Quais opções de cirurgia?

Basicamente podemos ter algumas opções de tratamento cirúrgico:

  •  fios de aço percutâneo
  • fixador externo
  • placa em ponte
  • placa com parafusos bloqueados

Esses métodos depende do tipo de fratura para o emprego de cada método.

Abaixo temos um exemplo de fratura do rádio distal com o emprego de placa e parafuso bloqueado:

Pode ter sequela?

Independente da opção terapêutica (gesso ou cirurgia) podemos ter como sequela a limitação da flexão e extensão do punho em algum grau.

Matérias

Tenossinovite de De Quervain

A tenossinovite pode acometer qualquer tendão do corpo e existe uma em particular que acomete o primeiro compartimento extensor (extensor curto do polegar e abdutor longo do polegar) que resulta em dor no punho e no polegar com a incapacidade para realizar a pinça.

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