As fraturas que acometem o punho (radio e ulna distal) tem um comportamento bimodal, em outras palavras acontecem em dois períodos da vida. Nos adultos jovens decorrente a trauma de alta energia (acidente de carro ou queda de altura) e em idosos devido a queda da própria altura. Nos idosos a fratura do punho é uma das mais frequentes.
Podemos evitar?
A prevenção das quedas é a principal forma de evitar uma fratura no idoso, podemos citar algumas abordagens de prevenção: ambientais, farmacológica e fortalecimento muscular.
No controle farmacológico, o médico que acompanha o idoso sempre tem que tomar cuidado para evitar medicamentos que deixem o idoso muito sonolento e nessa situação aumenta a chance de quedas.
As medidas ambientais são relacionadas a dinâmica da casa, evitar tapetes que fazem os idosos tropeçarem, luz de baixa intensidade a noite no caminho para o banheiro, evitar determinados chinelos, barras de apoio no banheiro.
O fortalecimento muscular é muito importante no idoso, na prática devemos orientar o idoso fortalecer a musculatura responsável pelos movimentos de sentar, levantar, equilíbrio da marcha.
É grave essa fratura?
A fratura do punho se não tratada adequadamente pode ser grave, pois resulta em sequelas permanentes.
A função do punho é resultante da relação entre os ossos do antebraço (rádio e ulna) e os ossos do carpo. Esses ossos tem um arranjo especifico que proporciona o movimento rotacional do antebraço (pronossupinação) e o movimento de flexão e extensão do punho.
É importante salientar que o movimento de rotação do antebraço é necessário em várias atividades habituais (higiene pessoal, abrir a porta, virar a chave, etc).
Qual o tratamento?
A fratura do punho pode ter vários padrões, desde fraturas de traço simples até fraturas complexas com vários fragmentos. Assim o tratamento deve ser ajustado para cada tipo de fratura.
O importante é o paciente e os familiares entenderem que a relação entre os ossos do punho deve ser corrigido da melhor maneira possível e os métodos para alcançar isso são vários.
O gesso ainda é usado?
As fratura que não tem desvio ou desvio mínimo pode ser empregado o gesso no tratamento e em média são 6 semanas de imobilização e em geral o paciente fica com rigidez do punho e dificuldade para rodar o antebraço. Com isso há a necessidade da reabilitação com a terapia ocupacional ou fisioterapia.
Quais opções de cirurgia?
Basicamente podemos ter algumas opções de tratamento cirúrgico:
- fios de aço percutâneo
- fixador externo
- placa em ponte
- placa com parafusos bloqueados
Esses métodos depende do tipo de fratura para o emprego de cada método.
Abaixo temos um exemplo de fratura do rádio distal com o emprego de placa e parafuso bloqueado:
Pode ter sequela?
Independente da opção terapêutica (gesso ou cirurgia) podemos ter como sequela a limitação da flexão e extensão do punho em algum grau.